26 Mai 2016

“Durante dois dias, Setúbal será efetivamente a capital nacional da informática”

fototiago

A E-TECH PORTUGAL ’16 é uma feira tecnológica que vai decorrer em Setúbal nos próximos dias 3 e 4 de Junho. Organizada pela E-CODE {escola de programação} e pela ANPRI – Associação Nacional de Professores de Informática, tem como objetivo abordar o tema da empregabilidade digital e as oportunidades do sector. Nesse sentido, entrevistámos o project manager, Tiago Oliveira, acerca do evento que se aproxima.

 

Antes de mais, o que é que vai ser a E-TECH PORTUGAL ’16?

A E-TECH PORTUGAL ’16 vai ser o maior evento tecnológico a sul do Tejo – portanto, estamos a falar de um evento de âmbito nacional. Mais propriamente, a E-TECH PORTUGAL ’16 vai ser uma Feira Tecnológica dirigida a todos, com Workshops, Stands Temáticos, Demonstrações de Produtos e Serviços, Concursos de Robótica, Torneios de jogos e espaços de lazer.

Paralelamente, vamos ter também um Conferências de especialistas, e nesse particular vamos trazer a Setúbal os maiores nomes do panorama nacional no que toca ao mundo digital – desde os representantes das maiores empresas, como a Google, Microsoft, IBM, só para nomear alguns, passando por figuras de Estado e investigadores de ponta.

Durante dois dias, Setúbal será efetivamente a capital nacional da informática.

 

Espera-se então um evento com uma dimensão considerável…

Tal como referi, este será o maior evento tecnológico a sul do Tejo. A nossa previsão é de cerca de 2 mil visitantes nos dois dias – 3 e 4 de Junho, sexta e sábado –, isto só para a Feira Tecnológica, porque relativamente às Conferências, estamos limitados aos 250 lugares da sala.

Acreditamos que a oferta que a Feira Tecnológica vai trazer será por si só um chamariz suficiente – não nos esqueçamos que é um evento dirigido não só ao público especializado, mas essencialmente ao público em geral, e optámos por não cobrar valores de entrada precisamente para partilhar com o máximo número de pessoas possível esta oportunidade.

Queremos que todos possam ver o que se faz de novo em Portugal no domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação e Eletrónica – é por isso que vamos ter os stands de exposição e as demonstrações de produtos e serviços; queremos que todos possam participar e fazer parte dessa novidade – e organizámos os workshops.

Ou seja, este não é um evento apenas para alguns “escolhidos”, pelo contrário, é um evento feito a pensar nas pessoas e nas famílias. Dou um exemplo: vamos ter connosco o Museu dos Videojogos, que vai trazer consigo computadores e consolas antigas, com jogos, para que quem queira possa jogar à vontade. Qual é o pai que não vai querer mostrar aos filhos os jogos do seu tempo e ter a oportunidade de jogar com eles?…

 

Nesse caso, para acolher um evento destas dimensões, distribuíram as atividades pela cidade…

Não, pelo contrário. Setúbal tem infraestruturas excelentes ao serviço da população; em havendo sinergias, as coisas acontecem. O evento vai decorrer integralmente na Escola Secundária D. João II – tanto a Feira Tecnológica como as Conferências.

É um local com excelentes condições, foi requalificado recentemente no âmbito do Parque Escolar, tem acessos fáceis e zonas de estacionamento gratuito – reúne as condições ideais. E tem mais uma vantagem: chama as pessoas para usar os espaços que são delas, os espaços públicos.

Naturalmente, não seria possível sem a colaboração e disponibilidade do corpo diretivo da escola – eles estiveram connosco desde o primeiro momento.

 

De onde surgiu a ideia para um evento deste âmbito?

A ideia surgiu em uma dessas sinergias que se criam: a E-CODE {escola de programação} e a ANPRI – Associação Nacional de Professores de Informática são os organizadores do evento. Duas entidades líderes da área, a E-CODE na formação e ensino de programação e informática, a ANPRI na gestão da formação e representação do ensino público. Objetivos comuns, como sejam o realçar da importância do sector das TICE em Portugal – com um peso cada vez maior na economia do país –, e a divulgação da Empregabilidade Digital como aposta no futuro. E a partir daí nasce o projeto.

É claro que neste caminho contámos com parceiros de renome, como sejam a Google, a Microsoft, a IBM, o IEFP, o IAPMEI, a Direção-geral de Educação, a Agência Nacional de Inovação, a Câmara Municipal de Setúbal, a ANJE, o Instituto Politécnico de Setúbal, a CDI Portugal, a Universidade de Lisboa a Porto Editora, a Promethean, a APDSI, apenas para nomear alguns.

 

Ou seja, cruzam-se aqui caminhos entre mundo da educação e mundo do trabalho…

Sim, sem dúvida. Repare-se que o tema das conferências é Empregabilidade Digital – estima-se que até 2020 sejam necessários cerca de 15 mil pessoas para a área. E só faria sentido se fosse assim: para quê fazer algo que não acrescenta valor?

A educação – escolar, não escolar, formal, informal – está presente no ADN da E-TECH PORTUGAL ’16. Os concursos de robótica têm na sua maioria equipas de escolas; vamos ter um stand da Direcção Geral de Educação com a sala de aulas do futuro; temos visitas agendadas de escolas. Queremos que os jovens que nos visitem saiam daqui com um brilho nos olhos, e deixá-los a pensar se não será este o caminho para fazer uma profissão. E depois, temos as conferências, dirigidas a especialistas, que contarão com a presença de muitos professores – não só porque têm creditação no âmbito da formação contínua de professores, mas acima de tudo porque o que se vai debater é pertinente.

Idealmente, queremos passar de maior evento a sul do Tejo para maior evento nacional – são passos que se dão, e estamos a construir essa relação com o público. Um dia poderemos ser uma plataforma de referência para escolas e empresas – as condições estão-se a reunir, e temos não só ambição como competência para chegar a esse nível.

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