22 Abr 2016

Uma estratégia para criar 15 mil empregos

As previsões do horizonte 2020 para a evolução do mercado de trabalho em TIC para Portugal indicam um crescimento no sector que exigirá o preenchimento de mais 15 mil vagas – e neste momento, prevê-se uma tarefa difícil no sentido de encontrar pessoas para as preencher.

 

O dinamismo no desenvolvimento da força de trabalho em TIC na Europa, entre 2000 e 2012, revelou um crescimento significativo, refletido no aumento dos especialistas em TIC na União Europeia. Muito embora a maioria dos países tenha aumentado a quota de emprego nesta área, Portugal continua entre os países com menor proporção de trabalhadores nestas funções.

Os números cifram-se na ordem dos 2.5%, baixos quando comparados com a média europeia (3.7%). Na verdade Portugal está ao nível de Roménia, Lituânia e Grécia, estando no polo oposto Finlândia, Suécia, Malta, Eslováquia e Reino Unido, com 5% de trabalhadores em funções TIC.

Analisando as razões que levam a esta situação, nota-se ainda um défice estrutural nas qualificações escolares – o nível de qualificação da nossa força de trabalho em TIC é baixo, e este apresenta-se como um problema estrutural. Do mesmo modo, falta ainda consolidar um sistema de aprendizagem ao longo da vida, que permita situações de reconversão profissional ou até mesmo de formação contínua. A terminar, há ainda uma ligação ténue entre mercado de trabalho e qualificação, com a necessidade de reforçar a promoção de formação certificada individualizada, que tenha por base as necessidades reais de qualificação nos diferentes territórios e sectores económicos.

As previsões do horizonte 2020 para a evolução do mercado de trabalho em TIC para Portugal indicam um crescimento no sector que exigirá o preenchimento de mais 15 mil vagas – e neste momento, prevê-se uma tarefa difícil no sentido de encontrar pessoas para as preencher.

Para fazer face a esta necessidade a nível da Empregabilidade Digital, foi desenvolvida a Estratégia e Plano de Ação para a Empregabilidade Digital, ancorada na Coligação Portuguesa para a Empregabilidade Digital (CPED).

Com este Plano de Ação, a CPED pretende, até 2020, fazer de Portugal uma referência internacional no sector das TIC, mobilizando os principais atores das TIC. Assim, pretende-se uma intervenção transversal, que abarque áreas como processos de inovação, I&DT, transferência de conhecimento, formação avançada, desenvolvimento, produção e comercialização de produtos e serviços, marketing e internacionalização.

Para o atingir, o CPED, através da Estratégia e Plano de Ação para a Empregabilidade Digital, desenhou quatro eixos prioritários de intervenção:

  • Promoção dos processos de qualificação – seja qualificação inicial, ou requalificação de ativos desempregados, assente num sistema de aprendizagem ao longo da vida;
  • Ampliação de recursos humanos disponíveis – essencialmente assente na valorização dos processos de formação no domínio das TIC;
  • Sensibilização da sociedade portuguesa – no sentido de fazer compreender a necessidade de modernização contínua e sistemática das aprendizagens baseadas nas TIC e, principalmente, para a oportunidade de empregabilidade em TIC;
  • Captação de investimento – através da qualificação dos recursos humanos, de parcerias entre as empresas e as universidades e/ou centros tecnológicos, ou pelo alto nível de infraestruturas existentes em Portugal.

A E-TECH PORTUGAL ’16 – uma Feira Tecnológica na área das TICE, dirigida ao público em geral, Professores, Investigadores e a Profissionais da área – enquadra-se precisamente neste âmbito de promoção da Empregabilidade Digital, inserindo-se no plano de atividades da CPED – Coligação Portuguesa para a Empregabilidade Digital e com o patrocínio do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação.

Com a organização deste evento, pretende-se realçar a importância do sector das TICE em Portugal – um sector em crescimento, com um peso cada vez maior na economia do país –, divulgando a Empregabilidade Digital como aposta no futuro.

A E-TECH PORTUGAL ’16 é o resultado de uma organização parceira entre a E-CODE {escola de programação} e a ANPRI – Associação Nacional de Professores de Informática.

 

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